A expressão ‘Será o Benedito?’ segundo contam é um lembrete poderoso de resistência à escravidão, como também expressa surpresa, perplexidade e incredulidade.
‘Será o Benedito?’
A trajetória do alagoano Benedito dos Santos, um preto engraxate e exímio empreendedor cultural , que marcou gerações, foi apagada da história alagoana.
Você já tinha ouvido falar nele?
Não, né?
Mas, olha só que massa.
Benedito dos Santos, com seu um metro e noventa de altura, um gigante, que assumiu o protagonismo de Rás Gonguila e seus lugares de nobreza negra, por iniciativa da Prefeitura de Maceió, terá sua vida, obra resgatada e celebrada em desfile da Escola de Samba Beija Flor de Nilópolis, no domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, sob o enredo "Um Delírio de Carnaval em Maceió de Rás Gonguila", no Rio de Janeiro.
É Maceió para além do sol e do mar.
E aí reside a extrema importância do desfile, na Marquês de Sapucaí, feito ferramenta socialmente imersiva, de conhecimento, também, de marketing televisivo/midiático, investindo na historicidade negra.
A Marquês de Sapucaí é a passarela de um dos maiores espetáculos do planeta ,e agora o mundo todinho vai conhecer Benedito dos Santos.
Desapagamento histórico de massa!
Ao resgatar a história do preto, 'Rei do Carnaval', o nosso Rás Gonguila, falecido em 21 de dezembro de 1968, a Prefeitura de Maceió celebra a ancestralidade e a diversidade da cultura local, tipo Maceió é Massa Sem Racismo.
Entende?
É também uma espécie de letramento racial, ao vivo e a cores.
Esse é um dos grandes presentes que o desfile da Beija-Flor nos traz, como uma assertiva iniciativa do executivo municipal.
Arte e memória.
Não deixe de assistir o desfile.
Tá bom?!
Será o Benedito?
É!!