O primeiro requerimento da Câmara dos Deputados com solicitação de informações ao novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é de autoria do deputado federal Alfredo Gaspar. No documento protocolado no dia 5, o parlamentar alagoano pede informações sobre o planejamento que será adotado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para prevenção e combate à corrupção e ao crime organizado.

No requerimento, Gaspar cita que “em 2023, o crime organizado escalou em violência em todo o país, como os casos violentos ocorridos no Rio Grande do Norte, na Bahia e no Rio de Janeiro. Qual o planejamento e as ações concretas que o MJSP tomará para que esses casos não se repitam?”, questiona.

O deputado federal pontua ainda que, apesar das estatísticas “positivas” apresentadas pelo então ministro Flávio Dino, no final de janeiro, “o dado concreto, que é a resposta da população à sensação de segurança, mostra-se insatisfatório”.

Alfredo Gaspar citou pesquisas, divulgadas em janeiro deste ano, indicando que a maioria da população de três das cinco regiões do país entende que a violência aumentou ou permaneceu igual em 2023.

“A passagem do comando da pasta não pode ser comemorada como tendo sido uma gestão proveitosa, haja vista a insatisfação da maioria dos brasileiros, bem como os casos concretos de violência que assolaram o país em 2023. Sendo assim, consideramos importante entender qual o direcionamento que o novo ministro dará na condução do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Quais suas metas? Quais políticas e medidas serão adotadas para que o brasileiro volte a se sentir seguro? Como serão combatidos os avanços do crime organizado? Como será tratada a questão dos presídios federais e da ação das facções criminosas? Quais medidas serão adotadas para dirimir a corrupção?”, prossegue o requerimento.

O deputado federal finaliza afirmando que o trabalho do ministro Ricardo Lewandowski será árduo, mas “ao sabermos o que o mesmo pretende à frente do MJSP, ficará mais claro como a Câmara dos Deputados poderá contribuir no avanço necessário das políticas na área de segurança pública”.