A moça, do interior das Alagoas de Palmares, é mais uma vítima de racismo. O fato aconteceu faz um mês. E são 30 dias exaustos, nos quais se sente , nauseada, em uma gangorra bem instável.
Ela faz uma corrida solitária para dar andamento jurídico ao crime sofrido .
–Tô tão cansada disso, um tanto desestabilizada. Ás vezes, acho que estou andando em ziguezague, ou, sempre voltando para o começo- afirma ela.
O acolhimento imediato de vítimas de racismo é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar pessoal ,e tem, ainda, os efeitos das feridas, sofrimento e desordens no campo da saúde mental.
A experiência da vítima em alguns e diversos espaços institucionais, em Alagoas, têm se mostrado inócua.
Infelizmente, falta letramento racial e empatia, da sociedade, também, configurada, nas instituições, que negam, historicamente, a humanidade de corpos negros.
Entretanto, essa coordenadora abre parêntese para agradecer a Diego Bruno Martins Alves , defensor regional de direitos humanos da Defensoria Pública da União, em Alagoas, que após uma conversa, às 22 horas, via zap-zap, fez toda e necessária orientação e encaminhamentos possíveis.
E nesta quarta-feira , como coordenadora geral da igualdade racial, da Prefeitura acompanhamos, à moça a DPU e o acolhimento das atendentes foi extremamente humanizada.
A DPU tem função jurisdicional do Estado e presta assistência jurídica, judicial e extrajudicial, integral e gratuita, às pessoas sem condições econômicas.
Precisamos discutir humanização e o acolhimento institucional para vítimas de racismo, em Alagoas.