16 de janeiro celebra-se o Dia de Martin Luther King Jr, um dos principais líderes negros dos Estados Unidos.
E foi na véspera desse dia icônico, que a Prefeitura de Maceió, através da Coordenadoria da Igualdade Racial, Semuc e do Instituto Raízes de Áfricas propôs ao parlamento municipal, mandato da vereadora Olívia Tenório, a criação do dia municipal de Almerinda Farias Gama.
Almerinda Farias Gama, negra, intelectual, sindicalista e advogada, nasceu em Maceió, em maio de 1899. Pioneira na atuação na política nacional é parte importante do movimento sufragista brasileiro de 1932.
Invisibilizada pela hegemonia branca da historiografia e do movimento feminista, foi a fundadora do Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos do Distrito Federal. Como representante desse Sindicato, a única mulher a participar como delegada classista na Assembleia Nacional Constituinte, em 1933. Enquanto representante classista, foi a única mulher a votar e a ser votada. Em 1934 foi candidata a deputada federal com pautas voltadas para educação, estado laico, divórcio, direito das classes trabalhadoras, entre outras, mesmo não se elegendo, Almerinda, apontou a possibilidade de mulheres negras disputarem esses espaços de poder.
Conhecida e reconhecida em vários cantos do Brasil, a advogada é uma quase desconhecida em Maceió,AL, sua terra natal.
Em 2016, a prefeitura de São Paulo instituiu o Prêmio Almerinda Farias Gama para distinguir iniciativas na área de comunicação ligadas à defesa da população preta.
E, como ação do Maceió é Massa Sem Racismo, em reunião da coordenadora geral da igualdade racial , Arísia Barros com a assessora parlamentar, Estefania Cavalcante discutimos encaminhamentos do projeto.
E na véspera do 16 de janeiro, Dia de Martin Luther King Jr, a Prefeitura de Maceió e o Instituto Raízes de Áfricas , com o apoio da vereadora, Olívia Tenório iniciam projeto parlamentar de “repatriação” da memória e história da maceioense.
Que massa!