As lideranças evangélicas estão intensificando seus esforços para exercer pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), visando garantir a inclusão de pautas de seu interesse na agenda legislativa de 2024. Após um 2023 em que suas propostas não avançaram, a bancada busca retomar sua influência na política nacional.

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a bancada evangélica desempenhou um papel significativo, com uma fidelidade de votação de 80% ao então presidente. No entanto, com a ascensão de Lula (PT) ao poder, a relação entre a bancada e o governo tornou-se mais distante.

Em dezembro de 2022, em uma tentativa de garantir avanços para suas pautas, os parlamentares evangélicos encaminharam a Arthur Lira uma carta contendo cinco projetos de lei prioritários.

Entre eles, destaca-se o Estatuto do Nascituro, que busca proibir o aborto, mesmo nos casos permitidos por lei. Esta proposta, que ainda aguarda votação em plenário, é uma das principais preocupações da bancada.

Além disso, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família tem sido um espaço de destaque para os evangélicos. Em outubro passado, o colegiado aprovou um projeto que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma medida que gerou controvérsia e foi considerada inconstitucional por contrariar direitos já estabelecidos no país.