Após a Câmara de Vereadores de Messias instaurar uma CPI para investigar os contratos formalizados pela Secretaria Municipal de Assistência Social do município, o prefeito da cidade, Marcos José Herculano da Silva, ingressou com um mandado de segurança para anular a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

A CPI visa apurar os contratos da referida secretaria feitos nos períodos de janeiro/2021 a agosto/2023, quando a pasta tinha como secretária Ana Paula Monteiro Narciso.

Segundo consta do requerimento de abertura, de autoria do vereador Gibson Buarque de Melo e que teve o apoio de mais quatro vereadores, houve denúncias a despeito de eventuais fraudes e superfaturamentos, além de outras condutas contrárias a probidade administrativa nos procedimentos de contratação de empresas fornecedoras de produtos, serviços, reformas e equipamentos em geral, como na própria execução dos contratos de interesse da Secretaria.  

Vereadores do município de Messias instauraram CPI para investigar secretaria municipal

Em sua primeira sessão ordinária, realizada no dia 14/11/2023, a CPI aprovou, por unanimidade, a requisição de autoria do vereador Manoel Luís Santos da Silva, mais conhecido como Nenel, determinando que a Secretária de Assistência Social encaminhasse cópia integral de todos os procedimentos licitatórios,  respectivos contratos e convênios firmados entre a Secretaria Municipal de Assistência Social do município e as empresas prestadoras de serviços e fornecimentos de insumos e produtos, durante o exercício financeiro de 01/01/2021 à 31/12/2021, com as respectivas notas fiscais.  

A Secretaria foi notificada e, até a divulgação desta matéria, não encaminhou os documentos solicitados.

Contrário à CPI, o prefeito entrou na Justiça com um pedido de liminar para suspendê-la imediatamente. O pedido, registrado no Tribunal de Justiça de Alagoas com o nº 0702582-39.2023.8.02.0051, foi distribuído para a 1ª Vara Cível da Comarca de Rio Largo/AL, a quem competirá decidir, nos próximos dias, o futuro da Comissão.