Dona de todas os restos de construções, das ruas e praças dos cinco bairros destruídos em Maceió, a Braskem depende do envio do Plano Diretor para os Vereadores.
Contudo, quase três anos depois do acordo socioambiental para atender as vítimas da tragédia, até agora o prefeito da capital, JHC, não o enviou à Câmara Municipal.
O acordo firmado pelo MPF, MPE - com a participação da DPU -, diz que a Braskem compromete-se a não edificar nas áreas privadas para ela transferidas.
Porém, após a estabilização do afundamento do solo pode explorar, desde que ''venha a ser permitido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Maceió/AL".
Portanto, está nas mãos do prefeito o encaminhamento do Plano aos vereadores e a decisão se é tolerável ou não a empresa se beneficiar da tragédia que provocou.
O que ninguém ainda entendeu é porque ele está demorando tanto para encaminhar o Plano Diretor?
Dizem que é porque o tema ainda está muito quente e polêmico.
Outros apostam que a questão será melhor usada na disputa pela reeleição em 2024, ou na de governador e senador em 2026.
Ou ainda que é melhor esperar cair no esquecimento total.
Mas será justo permitir que alguém possa “se beneficiar da própria torpeza”?