Causadora do dano ambiental, assim que o solo de estabilizar daqui a 2, 5, 10 anos…, a Braskem deverá sair no lucro de todo o gasto que está tendo que desembolsar.
No acordo firmado com a prefeitura de Maceió e com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, a empresa ficou dona de uma área nobre, que são os bairros do Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
Ou seja, a petroquímica é dona de 15% de Maceió, uma capital com um dos maiores fluxos turísticos do Brasil.
E proprietária da maior fatia de solo urbano - talvez do mundo - sem ter participado de qualquer concorrência, vai recuperar o dinheiro construindo prédios comerciais, residenciais e condomínios de frente pra Lagoa Mundaú.
E tem mais: a Braskem, no acordo assinado, também é dona de todas as ruas, praças e prédios públicos dos bairros destruídos por ela.
Mas aqui há um problema jurídico. A Câmara de Vereadores não votou, portanto, não aprovou a desafetação das áreas que são de uso público.
O correto seria, segundo uma fonte, a área ter sido desapropriada, a Braskem pagar aos moradores pela desapropriação, e ainda pagar a indenização e o dano moral e coletivo.
E também não podia a Braskem, causadora do crime ambiental, terminar dona de um pedaço de Maceió.
Será mais um daqueles casos em que o crime - intencional ou não - compensa?