Faz pouco esta blogueira recebeu um telefonema de Everlane Moraes, mulher negra, filha de canavieira, mãe solo, e moradora da residência universitária, na Universidade Federal de Alagoas.
Extremamente nervosa, Everlane conta, que dia 29 de novembro, o mês da Consciência Negra, uma aluna branca e reincidente na prática do racismo danoso, usa termos como mucambo, vassalo para estudante negro, tirou uma faca da calça , tentou esfaqueá-la , além furou os pneus da bicicleta e ameaçou, ainda, a filha de Everlane.
Everlane Moraes é a primeira da família a entrar na Universidade.
A Universidade Federal de Alagoas, que em novembro realizou atividades acadêmicas tão potentes e, com vários nomes, de luta, nacionalmente, reconhecidos no discurso racial, não pode se omitir e deixar que Everlane esteja só, acuada.
Racismo com tentativa de homicídio é uma duplicidade pavorosa.
Como bem o disse Kabengele Munanga o racismo brasileiro é um crime perfeito que, na segunda vez, mata pelo silêncio. “Mata, ao mesmo tempo, a consciência das vítimas e das pessoas discriminadoras”
É preciso que a UFAL se posicione, e isso é para ontem!
Força, Everlane.
Estamos com você!
PS: O blog deixa o espaço aberto para posicionamentos da UFAL