Mesmo que a Justiça não alcance a todos, até porque lhe falta ciência, ainda assim a história há de registrar, por indispensável, os nomes de todos os cúmplices da Braskem no cometimento de crimes contra os alagoanos.
Na relação devem estar todos aqueles que poderiam evitar que a situação chegasse a esse momento de horror para muitos; humilhação para dezenas de milhares; de muita saliva na boca dos que ainda esperam pingar o mel grana.
Não foram poucos, ainda que há os mais bem aquinhoados, que fizeram fortuna, rechearam seu caixa dois e viraram “amigos da Salgema”, “amigos da Braskem”, aliados do progresso e da engorda dos cofres públicos.
Eles podem - os que ainda estão vivos – e alguns estão muito vivos – até dizer que não sabiam o que estava para acontecer. Mas quem está no comando do poder político e administrativa tem por obrigação se antecipar aos fatos, trabalhar na prevenção, principalmente se ela é indispensável para a coletividade. É mais barato entregar mala de dinheiro para campanha.
Nada fizeram e, em regra, ainda podem ter trabalhado para que a Braskem não fosse acomodada na sua busca incessante por lucros. Podiam, no mínimo, cobrar e exigir um monitoramento permanente, com empresas internacionais especializadas.
Eles fizeram com as migalhas, migalhas mesmo para o tanto, mas ajudaram a condenar uma cidade e uma população que não parecem ter muitos aliados para a sua defesa.
Discursos e demagogia só alimentam que já está gordo de há muito.
Faça a sua relação de criminosos, cúmplices da Braskem. Eu já está fazendo a minha.