Mais um dia de conversa aproximada da Campanha Maceió é Massa Sem Racismo, da Prefeitura de Maceió e Instituto Raízes de Áfricas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Região Norte, localizado na AL-101, no bairro Riacho Doce.

O público foi um grupo de senhoras, entre 50 e 70 anos.

Quando chegamos ao local, muitas delas esbaldavam corpo e alma em um momento dançante.

Quarta-feira é dia de reuniões para celebrar a vida, na reinvenção de passos.

Era em torno de 50 mulheres, em sua maioria preta.

Esta ativista conversou com a realidade do público, despertando a memória coletiva e as peculiaridades de diferentes indivíduos (não, negr@ não é tudo igual). Incursionamos por territórios diversos, feito experiência imersiva. 

Eu fui à Serra da Barriga, achei a festa bonita, mas, não entendi o porquê da festa- disse uma participante.

Falamos sobre a ancestral  luta-resistência e como para resistir nos organizamos em grupos-territórios, daí surgem os quilombos.

O próprio negro é o primeiro racista-afirmou outra.

Trouxemos para a roda de conversa, a releitura de frases e expressões e destrinchamos conceitos estereotipados e naturalizados.

Mulheres pretas e algumas sem acesso à leitura.

Analfabetas.

Dissemos do poder do sistema  de desapartar oportunidades e afirmar o desletramento da população negra. Analfabetismo em Alagoas tem cor.

Foram muitas conversas, emendando espaços e tempos de dor e memória.

Conversamos para além da consciência gourmet.

E, a Campanha segue na missão, porque Maceió é Massa Sem Racismo.

Massa demais!