O 1º Seminário Nacional de Vigilância em Saúde da População Negra, uma ação integrada Ministério da Saúde e Ministério da Igualdade Racial, aconteceu nos dias 23 e 24 de outubro, no auditório Hotel Kubitschek Plaza, em Brasília, reuniu as gentes daqui e d’acolá, numa produtiva incursão no universo da saúde integral
Ressoar rico de vozes diversas, na verdade,, foi a representação de um vasto conjunto de vozes, desde as representações de secretarias de saúde estaduais ministérios, universidades e lideranças do movimento negro, como esta ativista, presidenta do Observatório Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial e coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas.
Foi um espaço salutar para fomentar ideias, aumentando a capacidade de ver além, a partir de mundos alheios.
Foram tantas e muitas conversas, promovendo contribuições de valor incomensurável, em uma jornada de acúmulos, partilha de saberes, possibilidades e oportunidades.
O que foi essencial para ressaltar a importância do comprometimento com a politica antirracista.
Estamos construindo a política de solução.
Vale, também, destacar os espaços da delicadeza, como o criado pela doce, Carol, do MS.
Essa ativista participou com a sergipana, Carolina Sharize, a Carol do mesmo grupo de trabalho e na hora do almoço nos organizamos para ir até o restaurante, mas, ao perceber a longa distância do mesmo, e, com o limitador de não ter o tendão de Aquiles da perna direita, essa ativista decidiu:- Vou nada, é muito longe!!
E Carol, preocupada:- Você vai ficar sem comer? Arrematou:- Vamos, eu te ajudo. Segure no meu braço, a gente vai devagar. É logo ali.
Atendendo ao chamado, retomamos a caminhada, mas, birrenta, alguns passos adiante, falei:- Vou não. Desisto.
A moça parou e falou bem incisiva:- Uma mulher como você, desistir?
Esta ativista encarou a moça, que tinha acabado de conhecer, aprumou os ombros, equilibrou a coluna e seguimos até o restaurante.
A inquirição de Carol me lembrou quem eu sou.
Empatia.
O 1º Seminário Nacional de Vigilância em Saúde da População Negra foi, também, um lugar de afetos, bordado de delicadezas.
Obrigada, Carol!