Joelzito Araújo é um conceituado cineasta, escritor, professor, diretor, roteirista de filmes, doutor em Ciências da Comunicação e um homem negro e como um homem negro é rastreado, impactado pelo racismo, nocivo, perverso, segregador.
O cineasta reafirma a Tolerância Zero para o racismo e conta:
“ Tudo começou com um atraso de uma hora da #Luxair em nossa partida de Montpellier para Lisboa, via Luxemburgo. Chegando em Lux, com o avião de conexão ainda no finger, recusaram o nosso embarque, porque dessa vez não queriam ter um minuto de atraso.
Nos colocaram em um voo da TAP, duas horas depois, que saiu novamente com atraso de 45 minutos. Todos os passageiros foram convidados a serem voluntários no despacho de bagagem de mão, recusamos o convite, porque não queríamos perder a próxima conexão. Mas o racismo é um monstro que sempre nos pega desprevenidos. Estávamos na área C.
Quando fomos embarcar, o funcionário bateu o olho em minha mulher, e nos impediu de embarcar com a pequena valise, fomos chantageados seco e agressivamente, ou entregávamos a mala de mão ou não embarcaríamos. Começamos a argumentar, enquanto observamos que todos os brancos passavam com mala de mão e não eram interditados.
Entendemos o racismo e reclamamos que estávamos sendo vitimas deste monstro. A jovem branca portuguesa funcionária da @luxair irritada com nossa queixa disse que não admitia ser acusada disto, porque era portuguesa em terra estrangeira. Insistimos e ela nos ameaçou de não nos embarcar e chamar a polícia porque acusávamos eles de racistas. A vítima virava algoz.
Fomos obrigados a entregar a mala e resolvi filmar com temor de alguma retaliação, como o não carregamento da bagagem. Todo o pessoal em terra da @Luxair, completamente despreparado, sem um pingo de empatia, ficaram tão putos, que uma supervisora tentou agressivamente me tomar o celular para que eu não divulgasse nas mídias sociais, engano deles, todo racismo deve ser denunciado.
Denúncia repostada pelo blog, que se faz solidário.