O senador Renan Calheiros (MDB) conseguiu ultrapassar o número mínimo de assinaturas para criação da CPI da Braskem no Senado. O grupo vai investigar as ações e omissões da empresa que resultaram no afundamento de solo que afetou cinco bairros na cidade de Maceió, capital de Alagoas.
O pedido de criação da CPI foi apresentado nesta quarta-feira (13/9) e chegou a 33 assinaturas em poucas horas. O número mínimo para criação é de 27 assinaturas. Renan pretende pedir a instalação da comissão já nesta quinta-feira (14/9).
O caso veio à tona em 2018, quando um tremor de terra assustou os maceioenses. Após investigações do Serviço Geológico do Brasil, foi concluído que a mineração de sal-gema feita pela Braskem comprometeu a estabilidade do subsolo em parte da cidade. Mais de 20 mil pessoas tiveram que ser transferidas da área.
A Braskem alega já ter gasto mais de R$ 8 bilhões em processos relacionados ao caso, e diz ter mais R$ 6 bilhões provisionados.
No entanto, segundo o pedido de criação da CPI, o processo de venda da empresa coloca em risco o cumprimento de compromissos de compensação firmados pela empresa com o Ministério Público do Estado, da União e com a Prefeitura de Maceió.
Assim como Renan, o governo de Alagoas também acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar suspender a venda da petroquímica.