Marta Almeida morreu.
Marta Carmelita Bezerra de Almeida, Marta, Educadora, Coordenadora Estadual do MNU-PE. Graduada em Pedagogia, com pós em Psicopedagogia e em Educação Especial e técnica da Política de Igualdade Racial de Pernambuco, além de integrar o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Coepir) em PE, membra do Comitê Institucional Metropolitano de Mulheres Negras da Secretaria da Mulher de Pernambuco.
Guerreira, uma das grandes lideranças negras, no Brasil.
A notícia chega de supetão, assim como a morte de Marta, aos 44 anos, e , é impossível não entristecer. Ficar afogada pela sensação de impotência diante da finitude, de uma companheira tão repleta de vida
Marta , a mulher envolvidas em tantas e intensas lutas, a que metia o pé na porta e fazia a roda girar.
Pernambucana arretada!
A partida repentina da preta valente abre um buraco n’alma, um sentimento profundo de orfandade.
Menos uma no Coletivo das lutas negras. Mais uma no Orun.
Chamava esta ativista de “minha líder”, mas, mesmo sendo ela a mais nova protagonizou grandes revoluções sociais.
O povo preto de Pernambuco e do Brasil todinho, bem o sabem.
As palavras estão um tantas ocas, doidivanas de tristeza. Perder Marta é como abrir mão de histórias, que não serão mais compartilhadas pelo zap-zap.
Lá se vai mais uma das nossas, no sopro da vida.
Que sua filhinha fique bem.
A luta continua.
Siga em paz, querida.
Agora, descanse.
Que o Orun te receba em festa!