Prefeito JHC, Alagoas é um estado negro, mesmo diante da expressiva, gritante, ululante invisibilidade política imposta à pauta racial.
Alagoas é um estado negro e sua capital, Maceió segue, em rota, um tanto trôpega, construindo movimentos de resistência popular, para que não aconteça o apagamento da história ancestral.
Entretanto, contudo, todavia, apesar de ter iniciado o processo, em 2022, com o PL para criação do Conselho Municipal de Políticas para Promoção da Igualdade Racial e a instalação do ineditismo do PROCON Racial, o único no Nordeste do país, as políticas acanharam...
Ambos os projetos foram coordenados pela servidora da Prefeitura de Maceió e militante negra, Harmona Andrielly.
Apesar dos passos iniciais, a institucionalidade da capital, caminha um tanto esquiva, olhando de lado, de soslaio, trilhando pelas beiradas a urgente necessidade do trato das políticas antirracistas.
Maceió é uma capital belíssima, mas, ex-tre-ma-men-te, ra-cis-ta.
É ponto pacífico.
Precisamos, coletivamente, em rede dialógica, traçar e investir em caminhos para mudar essa realidade, prefeito.
Nesses tempos políticos confusos, camaleônicos, prolixos, daltônicos, controversos vale reafirmar que o enfrentamento ao racismo vai bem além dos dogmas ideológicos, ou políticos de governantes.
É obrigação constitucional.
Portanto, JHC precisamos coordenar forças políticas, esquerda-direita etc. e tal, as necessárias e imprescindíveis expertises negras (Nada de nós, sem nós!) para criar uma Maceió inclusiva, com possibilidades agregadoras de afirmar suas gentes, diversas, diferentes, a partir de políticas públicas eficazes e eficientes.
Quem são? Onde estão? Onde moram a gente negra da capital, Maceió?
É urgente empreender esforços no sentido de definir estratégias contra as desigualdades raciais.
Uma sugestão dessa ativista alagoana é a construção (iniciativa inédita de teu governo), de um censo para traçar um perfil e visibilizar os indicadores sociais dos diversos grupos da população negra em Maceió.
Precisamos instituir ações afirmativas, como políticas de estado, que garantam a igualdade de oportunidades e de direitos, para a população maceioense.
Toda população!
Antes que ecoem os tambores das esporádicas e pontuais festividades, em novembro, vamos conversar sobre projetos, políticas públicas antirracistas, para o ano todinho, JHC?
Lembra da nossa conversa?!