Omode Roda de Conversa Sobre Crianças e Infâncias Invisíveis, aconteceu dia 16 de agosto, iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e OEPPIR-AL foi uma ciranda de acolhimento.

Cinco crianças (quilombolas, de matriz de religião africana, periféricas), protagonizaram uma mesa especialíssima pra discutir racismo estrutural, na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.

Para o público foi o ouvir, o entender, a partilha de saberes e vivências relacionadas ao racismo estrutural, que para essas crianças é algo que faz parte da cartilha sobrevivência diária.

Ela é uma menina, tem a função de Ekedi, na religião de matriz africana e durante a Omode falou do amor e da fé a religião, entretanto, robusteceu as dores, tristezas e incertezas que as pessoas pretas enfrentam, desde mais tenra idade.

O racismo é cruel.

Falou sobre e a intolerância religiosa, substantivou o espaço da escola, que, às vezes, ou, muitas vezes, é um lugar ruim- afirmou.

Nenhum lugar é tão cruel quanto a escola quando se trata de humilhar e excluir alunos e alunas da religião de matriz africana-afirma a pesquisadora carioca, Stela Caputo

Um dia depois de participar, brilhantemente, da Omode e de volta à sala de aula-a pequena Ekedi sofreu intolerância religiosa,

Meninas e meninos a hostilizaram e se recusaram a sentar perto dela, tanto no ônibus escolar, quanto na classe.

Esta ativista se colocou à disposição da mãe para intermediar soluções, todavia, a mãe da Ekedi fala sobre a desimportancia que as autoridades em Alagoas tem em relação ao tema.

Precisamos ouvir as crianças e desinfantalizar o racismo.

Em  terra onde tem criança, a responsabilidade é de tod@s, inclusive, e principalmente da instituição escola.

Racismo não é brincadeira!

Sim, e daí?