O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou, nesta terça-feira (15), que o arcabouço fiscal será pautado na próxima semana. Isso, “se não houver mais nenhuma sofreguidão do lado de lá”, afirmou ele em entrevista à imprensa.

Lira deixou evidente seu descontentamento com uma entrevista em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou que “a Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo".

“Nós ficamos surpresos. Como eu disse na minha nota, acho que foi inapropriado. Talvez um relaxamento excessivo do ministro numa entrevista. Não vejo clima para além do que foi criado", afirmou o alagoano.

“Teve um atropelo ontem (no acordo de líderes para votar o arcabouço fiscal). Não entra na pauta essa semana. Não tem acordo, lamento muito que o acordo tenha sido retroagido. Eu só voto essa matéria com acordo”, disse Lira ao ser questionado sobre a votação.

Lira citou ainda as matérias econômicas que foram aprovadas pelos deputados e permitiram uma maior margem orçamentária para o governo Lula, como a PEC da Transição, votada ainda na gestão de Jair Bolsonaro. Ele também destacou a apreciação da reforma tributária e do voto de qualidade do Carf.