No sábado, 12, véspera do Dia dos Pais, a polícia de Castro matou mais uma criança.

A 15ª criança entre 0 e 14 anos morta nos últimos dois anos.

Crianças, majoritariamente, negras. 

Eloá Passos, de 5 anos, estava em seu quarto, brincando de pular na cama, quando foi atingida pela força da violência armada do estado. 

A bala perdida e certeira.

O pai,Gilgres Santos, em declaração disse que “ nada é capaz de explicar a dor e que vai seguir para criar as outras filhas. Infelizmente, é seguir a minha vida e manter as que eu tenho em casa ainda, já que levaram a minha filha. Eu tenho duas para criar, entendeu?

Então, eu não tenho mais palavras para falar para vocês que dor nenhuma vai me consolar. A dor pela minha filha, que já se foi, que acabou. Tiraram um pedaço da minha vida, foi a minha filha.”

A morte da menina Eloá faz com que essa ativista rememore uma conversa, com o Valney, motorista de aplicativo, em julho, no Rio, sobre essa questão da violência: “O bagulho aqui é doido, se mata mais do que na guerra da Ucrania, e o povo do Rio já naturalizou isso. As mortes são na favela. Quem se importa com a favela? - afirmou, o motorista.

E a mão armada do estado do Rio de Janeiro tirou a vida da menina Eloá Passos.

Quantas crianças mais vão precisar morrer, deixando famílias inteiras órfãs?

Hoje é dia dos pais, e na véspera Gilgres perdeu a filha: nada é capaz de explicar a dor.

Nada!

 

Saiba mais: https://veja.abril.com.br/brasil/no-rio-menina-de-5-anos-e-atingida-por-bala-perdida-e-morre