O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), rebateu as acusações de envolvimento no esquema de desvio de recursos na compra de kits de robótica e defendeu que todas as suas atividades financeiras são fiscalizadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
A afirmação foi feita na noite dessa segunda-feira (31), quando o deputado foi entrevistado pelo programa Roda Viva, da TV Cultura.
Respondendo à acusação de que seu assessor teria envolvimento no caso, Lira disse que não pode ser responsabilizado por algo feito “por outro CPF”. “O que sempre digo, e reafirmo, é que minhas atividades pessoais e minha vida como pessoa politicamente exposta estão tranquilamente fiscalizadas pelo COAF. Tudo meu está no imposto de renda. Tenho renda para qualquer despesa”, afirma o político.
“O inquérito não nasceu para investigar robótica. Nasceu para investigar Arthur Lira. Em 12 mil páginas, se você ler o inquérito, não tem um ‘A’ nem um ‘B’ juntos para fazer um ‘AB’ que trate do meu nome, que faça referências as minhas situações. Seria imprudência e loucura minha, defender e discutir orçamento estando envolvido em venda de emenda parlamentar”, expôs.
Questionado sobre os documentos que têm seu nome, Lira defendeu que não há evidências de que foram repassados pagamentos a ele.
“Você pode afirmar que são pagamentos? Está escrito que foi pago? Eu recebi a notícia desse vazamento no dia do meu aniversário. Isso não é humano, ético e sem respeito”, rebate.