Enoia é sacerdotisa de Nação Angola. 

Foi iniciada na religião de matriz africana, aos 11 anos, e aos 53 anos, a partir das conexões espirituais, acolhe, aconselha, busca ser bússola , interceder por quem a procura e necessita.

Atualmente é coordenadora geral da ARCCAB-AYOY Associação Religiosa e Cultural de Culto Afro Brasileiro Abassá Yá Oyá ynguerecy, e conselheira do Comitê Municipal e Estadual de Minas Gerais pelo  de respeito a diversidade religiosa

Enoia foi uma das mulheres homenageadas no I Encontro Nacional das Rainhas Nzingas, que aconteceu no Rio de Janeiro, de 12 a 14 de julho de 2023.

Na sexta-feira, 14, ( dia de Marielle),  houve um desencontro na programação da atividade e essa ativista , Arísia Barros, das Alagoas de Palmares, Enoiá, sacerdotisa mineira e a psicóloga carioca, Rosane Romão nos encontramos, casualmente, no Museu de História e da Cultura Afro-Brasileira e para não perder os instantes mágicos do tempo, fomos visitar as  muitas e substantivas salas do museu.

Tinha também outros visitantes, inclusive vári@s estudantes de uma escola do Rio.

Paramentada com seu traje sacerdotal, Enoia despertou o pernicioso preconceito de dois estudantes, que passaram por ela e a chamaram de forma pejorativa de macumbeira, após o ato, correram.

Ao presenciar a situação essa ativista foi a procura do professor da turma para relatar o fato, e a partir da intervenção de outr@s alun@s foram à caça dos detratores e uma moça voltou trazendo pelo braço, o G., 11 anos.

E já negamos ter sido ele o autor da intolerância religiosa. O professor pediu muitas desculpas, mas, antes, as três ativistas fizeram preleções sobre a necessidade de reeducar o olhar pedagógico sobre o racismo estrutural.

Cadê a Lei nº 10.639/03?

Ao escutar atentamente a sacerdotisa dizer-se" macumbeira com orgulho", G. abrilhantou a lua nos olhos e afirmou:- Eu, também!

Precisamos falar da intolerância religiosa e como isso incide nas crianças da religião de matriz africana, na sala de aula.

Cadê a Lei nº 10.639/03?