"Eu me sinto estranha quando sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Eu acho que aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês poderiam aprender comigo", afirmou a  filósofa, ativista negra, norte-americana, Ângela  Davis, em 2019

Lélia Gonzalez é uma das intelectuais mais importantes no debate sobre a condição da mulher negra no Brasil. Deixou um legado de discussões sobre raça e gênero. Acumulou formações, em antropologia, história e filosofia, dialogou com a psicanálise e ainda assumiu pautas como a militância negra, o feminismo, o marxismo, o ativismo pela democracia e o anti-imperialismo. Também participou da política institucional, se candidatando a cargos públicos no Rio de Janeiro, e se articulou com coletivos e grupos progressistas dos anos 1970 no Brasil, sem deixar de se interessar pelas 1994, ano da morte da intelectual, vítima de um infarto.

E, nessa quinta-feira, 06,  no Windsor Brasilia Hotel, em Brasília (DF),o lançamento do Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras no SUS,o neto de Lélia, o Marcelo este presente:- Uma pena que trago poucas lembranças delas, eu era muito pequeno quando ela morreu. Estamos finalizando demandas para o lançamento do Instituto e preservar sua história-disse ele.

A vida e obra e a fantástica trajetória de Lélia Gonzalez merecem um Instituto.

Foi um prazer, Marcelo!

Fonte: Com informações do UOL