O Coletivo de Mulheres Pretas e Periféricas, em Alagoas, é resultado exitoso de uma proposta do Instituto Raízes de Áfricas, de chamar à responsabilidade, os debates políticos, para a pauta do enfrentamento ao racismo, principalmente raça e gênero.
Eleição passou e o Coletivo de Mulheres Pretas e Periféricas, como política de causa, persiste trilhando o caminho das aprendizagens diárias, tendo ao lado o Instituto Raízes de Áfricas e o Observatório Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial e Jó Pereira.
Encravado, em uma periferia cheia de iniquidades sociais, tem em seu corpo 20 mulheres pretas, periféricas, 50% analfabetas, sobreviventes de cestas básicas, com histórias profundas de desigualdades e exclusão social.
Mulheres estigmatizadas pelo racismo estrutural e institucional.
A Vânia Gatto, que é, também, voluntária na Unidade de Referência em Saúde, Hamilton Falcão, no bairro onde mora, no Benedito Bentes II , está à frente da presidência do Coletivo.
Me propus ser voluntária, porque quero aprender como funciona a saúde para sugerir melhorias e ajudar a comunidade- disse ela
Vania Gatto é uma mulher preta, admirável, ex-moradora de rua, mesmo diante das limitações impostas pela: raça, gênero, pobreza, periferização, investe no conhecimento para ensinar suas companheiras:- A gente vai aprendendo e dividindo com elas. Não é nada fácil ser mulher preta, pobre nas periferias. A gente precisa inventar motivo para resistir, todos os dias- afirma
E essa construção, passo-a-passo do Coletivo entrou no radar, além Alagoas, através da mestra-doutora, a especialista em saúde coletiva, quem comunicou a essa ativista, sobre o convite para o Coletivo de Mulheres Pretas e Periféricas, com apoio do Instituto Raízes de Áfricas, participar do lançamento do Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça (...).
Em Brasília.
Equidade!!!!
Olha só isso, minha querida, Jó Pereira!
Estamos caminhando.