Hoje são 19 de maio, uma data que marca um ano e 10 meses do desaparecimento da pequena alagoana, Maria Clara Gomes da Silva, na época com 5 anos.
Era boquinha da noite, Maria entrou em casa disse à mãe que estava com fome, comeu um pão nas pressas, e depois saiu para brincar na casa de uma coleguinha, bem próxima a sua.
O beco que Maria morava, no bairro periférico do Vergel do Lago, bem pertinho da Lagoa Mundaú, Maceió, Alagoas é um labirinto de ausência das políticas públicas, a pobreza, embrulhada em fezes boiando ao longo do caminho.
Faz um ano e dez meses que Maria, agora com 6 anos, saiu para brincar e sumiu no mundo.
Preta, pobre, autista severa, a menina carrega em si estigmas que a subalternizam e dão uma enorme desimportância social.
Quem se importa?
O que os poderes constituídos em Alagoas estão fazendo para encontrar Maria, que agora está perto de completar 7 anos.
Hoje é dia de Maria Clara, mas, a menina está sumida no mundo.
Onde?