Até dezembro deste ano, a Embratur estima que quase 10 milhões de pessoas visitarão o Brasil, vindas de outros países. Em relação ao mesmo período de 2022, o aumento estimado é de 26%. 

Porém, em Alagoas, o trade turístico vê o crescimento do número de turistas com certa preocupação. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL), Ricardo André, disse que o setor tem receio devido a alguns problemas recorrentes.

“A nossa malha aérea ainda é fraca. E, mesmo com todo o investimento, o aumento de leitos, o investimento que há na divulgação do nosso destino, dentro do país e fora, isso ainda não cobre a quantidade necessária para o número de leitos que temos hoje e que vamos ter, em breve, com o crescimento e a construção novos hotéis”, pontuou. 

Segundo Ricardo, outra questão importante para o setor do turismo é o valor da passagem aérea, que é um problema em todo o país. 

“O aumento no valor da passagem aérea foi muito grande. Participamos recentemente de um evento e o presidente da Gol, como também o da Azul, informaram que não há perspectiva nenhuma de redução de passagem aérea”, afirmou. 

Ele ressalta, também, que houve um aumento recente, por parte do Governo Federal, no valor do querosene de aviação, que eleva ainda mais o valor da passagem aérea. “Isso é muito preocupante, sabendo que nosso turismo no estado, em torno de 75 a 80%, é aéreo. Hotéis vazios vão ocasionar bares, restaurantes, receptivos, beach clubs, toda a cadeia do turismo com problemas também”.

Apesar das dificuldades, o presidente da ABIH/AL diz que o trade vê com otimismo o aumento estimado pela Embratur: “Nós tivemos um aumento grande, no sentido, especificamente, de ampliações e construção de novos hotéis. Se houver esse aumento, será de grande valia para nós, porque precisamos aumentar consideravelmente o número de assentos de aeronaves para o nosso destino”.

 

Outras demandas

Ainda de acordo com Ricardo, o trade turístico possui outras demandas quanto à capital alagoana. “Uma preocupação que temos é a região de Ponta Verde. Após a colocação da faixa verde, causou um trânsito muito grande, numa avenida que já tinha o seu tráfego e as suas dificuldades e, hoje, há mais dificuldade ainda para os carros passarem e ter esse relacionamento de bicicleta, moto e carro”, citou. 

Ele destaca que, para a ABIH/AL, é importante que haja uma reposição da areia na orla de Maceió, em trechos que compreendem a Pajuçara até Jacarecica: “É importante para mantermos nossas praias hoje atrativas para o nosso para os nossos turistas”.