O Coletivo de Mulheres Pretas, Periféricas, fica no Conjunto Benedito Bentes II, na periferia de Maceió, em um espaço onde mulheres se encontram para discutir política.

A política da existência, resistência, sobrevivência, resiliência de pessoas periféricas, historicamente submetidas à indiferença institucional, social.

No Coletivo as mulheres fazem ajuntamento solidário, como forma de romper a bolha da invisibilidade de vozes pretas femininas, construindo diálogos que quebram o ciclo do desamparo.

Agora, as mulheres do Coletivo caminham juntas, igualzinho a canção: “Companheira me ajude que não posso andar só, sozinha ando bem, mas, com você ando melhor.”

E dessa força solidária, dessa querência coletiva brotou a Sala de Aula Ubuntu  que tem como valor,  alfabetizar  mulheres adultas a ler e escrever para decifrar mundos.

A ação conta com professoras voluntárias, Priscila Pedroso dos Santos e Elen Cristina da Silva Santos, do Projeto  Ação  com Amor , que  tem ensinado as meninas o caminho da libertação.

Empoderamento preto.

E para exercitar a sustentabilidade da ação, a presidenta do Coletivo, Vania Gatto, junto com as companheiras de caminhada se propuseram a criar o Brechó Sorriso, com o slogan: ‘Aqui a Sororidade anda de mãos dadas”, que será lançado nos próximos dias.

No Brechó Sorriso vai ter de tudo um pouco; roupa, sapato, utensílios de cozinha e etc e tal, e todo material, fruto de doação, vai ser vendido bem baratinho, porque o Coletivo que juntar uns dinheiros para dar suporte a Sala de Aula Ubuntu. 

E, essa é a pedagogia do cuidado.

Umas cuidando das outras.

Criado, em setembro de 2022, por iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e do mandato da então deputada estadual, Jó Pereira (2015-2023), o Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas, integrante do Observatório Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial  acredita que alfabetizar mulheres pretas é ensinar o caminho do auto empoderamento.

Mens sana in corpore sano.