*A população negra maceioense chega a quase 62%. Desse percentual, mais da metade é de mulheres. São 52% de mulheres pretas quando comparadas aos homens pretos, as quais representam 32% da população total.

Em números percentuais, o povo preto, na capital Maceió significa uma considerável, maioria populacional.

Um percentual que, vulnerabilizado pelas desigualdades sociais segregadoras, urge ser ressignificado pela gestão do executivo, em Maceió capital de Alagoas, a República dos Palmares.

Em recente anúncio para apresentação da reforma administrativa da Prefeitura de Maceió, ou, o novo escopo das secretarias municipais é flagrante e lamentável, o oco do nada relativo à pauta do antirracismo.

O projeto da reforma é grandioso, robusto e as secretarias, reformuladas, agregam pautas urgentes e necessárias para a contemporaneidade, das quais políticas públicas para o enfrentamento ao racismo estrutural não recebem o status quo de importância prioritária.

E na conjuntura  atual é imprescindível pensar formas   para fortalecer o enfrentamento ao racismo estrutural  e superação das desigualdades históricas. 

Como investir nas periferias, grotas da capital, ignorando solenemente, o pertencimento étnico dos habitantes?

62% de morador@s das periferias são pret@s, ou carregam o estigma, marcador discriminatório, limitante dos três Ps:  pret@, pobre, periférico.

Há um olhar cego, estrutural, desimportante institucionalmente para a população preta.

A inoperacionalidade e o descompromisso do governo do estado de Alagoas,através da SEMUDH  tem fortalecido  a  política de desmonte e o esvaziamento da pauta antirracista, nos territórios da República de Palmares..

Que a  reforma de JHC  não  cometa a mesma obliteração da memória,história e possibilidades do povo preto, em Maceió.

Igualdade x Equidade?!

 

*Fonte: file:///C:/Users/ARI_PC/Downloads/33987-Texto%20do%20Artigo-134603-1-10-20200621%20(2).pdf