Em um dia de março, essa ativista recebeu, via zap-zap, mensagem calorosa da secretária da Mulher do município de Maceió, Ana Paula Mendes que, segue ipsis litteris: “Meu amor, hoje lhe indiquei para recebe o prêmio Selma Bandeira. Estou somente aguardando o martelo da comissão, mas me sinto feliz demais em podermos reconhecer a mulher incrível que você é.”
E, com o aprove da comissão, lá foi essa ativista, dia 30 de março, ser homenageada com o Prêmio Selma Bandeira, na categoria Defesa dos Direitos da Cidadania.
A 13ª edição do Prêmio Selma Bandeira, aconteceu na Associação Comercial de Maceió, bairro de Jaraguá, na noite da quinta-feira, 30 de março. O auditório decorado de uma forma simples e agregadora enfatizava a essência da celebração da vida, obra e bandeiras de luta, de 13 mulheres alagoanas.
-Estamos quebrando paradigmas, mais da metade das mulheres que receberão são pretas. Isso é histórico! - afirmou, Ana Paula, pondo em pauta a questão da equidade de gênero.
Uma das pretas homenageadas foi essa ativista e a experiência é significativa, porque faz reverberar no ativismo nosso, a luta aguerrida, contra a ditadura, que Selma fez valentes enfrentamentos.
No discurso, de agradecimento, que contou com a presença da matriarca, de 91 anos, Alda Barros, minha filha, Arianne Barros, as irmãs, Maria Antonieta Ossola, Ana Lúcia Barros e o sobrinho, Samuel Vittório, 6 anos, o Dedei, reafirmamos o resgate de luta, instrumentalização da autonomia preta e o desmonte da ditadura hegemônica.
Selma Bandeira, vive!
Salve!
Fotos arquivo pessoal, com exceção da foto do troféu