Oi, Santoro. Tudo bem?!

Deixa te contar uma coisa: essa ativista esteve em uma auto confabulação, matutando sobre ideias de acessibilidade para as Comunidades Remanescentes Quilombolas, e como você é o secretário executivo do Ministerio dos Transportes, e um cabra que alcança além, achei importante  compartilhar as elocubrações contigo.

Quem sabe não criamos alternativas de caminhos?

Desde que assumiu o cargo nacional de ministro de Transportes, de quando em vez, o ex-governador de Alagoas, Renan Filho   agrega em seu discurso a palavra igualdade.

Que bom, né?

Mas, vamos ao cerne da questão...

Alagoas dos Palmares continua a ser um estado inóspito à questão racial, como também, a valorização das terras dos Quilombos.

São 73 territórios, além do Quilombo dos Palmares.

A igualdade, por aqui, é entre os iguais, ou, os que dizem amém...

No período chuvoso as Comunidades Remanescentes Quilombolas ficam isoladas (para além da Covid) em decorrência de desmoronamentos de pontes, vias de acesso e, etc e tal.

Tudo, limita o acesso da população quilombola, aos direitos fundamentais, serviços básicos ,e a desobstrução da estrada conta, na maioria das vezes, conta com a boa vontade política.

Veja bem, Santoro, se as Comunidades Remanescentes Quilombolas são responsabilidades do Governo Federal, precisamos, ao menos, conjecturar possibilidades de resolução desse impasse, que chamaremos de racismo estrutural.

Se o Ministério dos Transportes é o órgão federal, responsável pelo assessoramento do presidente da República na execução e formulação e da política de transporte do país, porque então, Santoro, como secretário-executivo do Ministério dos Transportes e mestre das revoluções na gestão pública, não propõe um projeto a sua Excelência, o ministro,  para  construção de uma política de acessibilidade, aos quilombos, com a abertura de estradas, vias ?

Segundo você, então, secretário de estado da Fazenda, foi Renan Filho, quando governador da província de Alagoas, quem pavimentou, com recursos próprios do estado, o acesso à Serra da Barriga, que é instancia do governo federal

Ora, se ele conseguiu essa proeza, não deve ser difícil angariar recursos da pasta do ministério, para construção de estradas adequadas para a necessária e contemporânea acessibilidade aos quilombos, que também é uma abrangência do Governo de Lula.

Pensa nisso Santoro, Alagoas o berço símbolo do Quilombo dos Palmares tem que romper com essa invisibilidade histórica e jurídica, em relação a história de luta e resistência do povo preto à opressão escravagista e a política consentida de negação de direitos à população negra, quilombola.

Estamos na conta do estado mais anacrônico, em desigualdade, de raça, no Brasil todinho..

E, Santoro diz ao ministro, que não basta falar de igualdade, sem o real entendimento do que é a política da equidade.

É hora de abrir caminhos.

Vamos conversar?

Boa sorte, por aí.

Abraços