No governo Jair Bolsonaro (PL) a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi citada por criar relatórios para proteger o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no esquema das "rachadinhas".
Ela também teria sido usada para atrapalhar investigação da PF sobre Jair Renan, outro filho de Bolsonaro, e ainda para coletar informações sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas.
Após os ataques de 8 de janeiro e com a notícia sobre um equipamento da Abin em que é possível seguir as pessoas pelo celular - o que teria sido utilizado pelo governo anterior, deputados e senadores estão de olho na CCAI.
É a desconhecida - por enquanto - Comissão de Controle de Atividade de Inteligência, criada via resolução pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), em 2013.
Naquela corrida para tentar recuperar a sua imagem, Renan é o vice-presidente da comissão mista e promete muita ação para os próximos dias.
Segundo reportagem da Folha, quer ouvir o futuro diretor-geral e os ex-diretores para "saber o que a Abin fez efetivamente nos últimos anos", pois "Ela tem que ser uma agência de inteligência, e não de bisbilhotice, xeretice".
É certo que uma comissão com esse perfil, formada por deputados e senadores, e tema, vai gerar muita discussão quente e exposição na mídia. Tudo aquilo que um político experiente quer.