O trânsito é um dos principais desafios enfrentados pelas cidades atualmente. De acordo com dados do IBGE de 2019, o tempo médio de deslocamento para o trabalho no Brasil é de 45 minutos. No entanto, essa média pode variar consideravelmente dependendo da região e do meio de transporte utilizado. Em áreas urbanas e metropolitanas, o tempo médio pode chegar a 1 hora ou mais.

Fonte: Alagoas 24 Horas

Utilizar projetos urbanísticos, nas cidades, no seu entorno e em suas entradas, de forma eficiente tem um papel importante na melhoria do trânsito, da mobilidade urbana e da segurança das pessoas. Quando projetos de estradas e vias urbanas são feitos de forma eficiente, levando em consideração as necessidades dos pedestres, ciclistas e usuários do transporte público, é possível reduzir a dependência do carro particular e melhorar a fluidez do tráfego.

As cidades inteligentes têm como objetivo utilizar a tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, e isso inclui soluções para o trânsito. Uma cidade inteligente pode utilizar tecnologias como sensores e sistemas de inteligência artificial para monitorar e gerenciar o tráfego de veículos de forma mais eficiente. Isso pode incluir a implementação de sistemas de semáforos inteligentes, que ajustam o tempo de sinalização com base no fluxo de tráfego em tempo real, ou a criação de rotas mais eficientes para reduzir o congestionamento.

Além disso, elas podem incentivar o uso de meios de transporte sustentáveis, como bicicletas e transporte público, por meio de investimentos em infraestrutura e tecnologia, como sistemas de pagamento eletrônico e aplicativos de planejamento de rota.

No geral, o objetivo das cidades inteligentes é utilizar a tecnologia para criar soluções mais eficientes e sustentáveis para os problemas urbanos, incluindo o trânsito. Além disso, diversos países  adotam, para reduzir o trânsito nas áreas centrais e turísticas das cidades, medidas como a criação de zonas de pedestres, a restrição do acesso de veículos particulares em áreas específicas, a promoção do uso do transporte público e modos ativos de transporte, e a implementação de sistemas de compartilhamento de meios de transportes.

Assim, devem buscar mesclar diversas estratégias para melhorar a vida de seus cidadãos. Investir em transporte público é fundamental. Para isso, é fundamental a conexão, interoperacionalidade e a integração entre os diversos modais. Também é importante a melhoria das calçadas, praças e parques, oferecendo alternativas seguras e confortáveis para pedestres e ciclistas.

Não se pode deixar de lado um constante processo de melhoria da Regulação do tráfego: criação de zonas de baixa velocidade, redução de limites de velocidade em áreas urbanas, fiscalização rigorosa de infrações de trânsito, entre outras medidas.

O dinamismo econômico e do turismo em Alagoas nos últimos anos tem gerado diversos problemas no trânsito de suas duas maiores cidades: Arapiraca e Maceió. Mesmo o Estado tendo feito diversos investimentos em duplicações, pontes e até mesmo o túnel da antiga Polícia Rodoviária Federal na Av. Fernandes Lima.  

Dados da mesma pesquisa indicam que o tempo médio de deslocamento para o trabalho na cidade piorou. Maceió é a terceira pior cidade do nordeste no tempo deslocamento de casa para o trabalho e, há indícios de que poderá superar Recife e Salvador em breve, pois estas duas últimas cidades têm feitos fortes investimentos em melhoria do seu transporte público. 

Um fator muito importante que deve ser sempre considerado nas definições de políticas públicas relacionadas a trânsito é a participação da comunidade e das partes interessadas no planejamento e implementação das estratégias. Dessa forma, garante-se que as soluções sejam adaptadas às necessidades locais e ao contexto específico de cada cidade. É importante ouvir, estudar sempre e buscar soluções que priorizem a melhora da qualidade de vida das pessoas.

George Santoro