Se Alagoas é um estado feminino e plural, por que um monte de mulheres extraordinárias se juntou para eleger dois cabras-homens, para o executivo, em Alagoas?
Se mulheres são tão importantes nas terras de Deodoro e Floriano, por que, o atual governante, lá no comecinho, não bateu o pé para escolher uma mulher como companheira de chapa, na disputa pelo executivo?
Se Alagoas é feminina e plural, me responde rápido: quantas mulheres participam das fechadíssimas reuniões da restrita e seletiva cúpula política masculina decisória?
Que espécie de pluralidade é essa, que utiliza imagens de mulheres pretas, históricas nos reclames da TV e na vida para valer, na gestão verdadeira as políticas de combate ao racismo estrutural são inócuas?
Ninguém ouve falar sobre uma única linha de ações na pauta antirracismo, em Alagoas,( existe?), além das postagens clichês nas redes sociais. Tudo guardado a sete chaves.
Uma pluralidade equivocada, do maior secretariado feminino do Brasil, que não contempla mulheres pretas, já que durante o encontro de mulheres, promovido pela SEPLAG, a secretaria da SEMUDH, apresentada inúmeras vezes como preta se autodeclarou indígena: ‘Eu sou a primeira mulher indígena no país em posição de alto escalão”.
Ôxe e, como fica a ministra dos Povos Originários, do Governo Lula, a ativista Sônia Guajajara primeira deputada federal indígena eleita pelo estado de São Paulo, no meio dessa declaração bombástica?
No mesmo encontro uma servidora declarou: Eu tinha a síndrome da impostora, me autossabotava, negava minha competência, mas depois que o governador me deu a oportunidade...
Permissão dada.
Uau!
Alagoas é sim terra de cabra macho, uma província extremamente, conservadora, movida à base do chicote, racista até o topo, com todo poder concentrado nas mãos dos homens, que mandam, quase todos brancos, e devidamente aclamados por muitas e tantas mulheres.
Homens que articulam, minunciosamente, a perpetuação da casta escalonando mulheres-parentes para cargo de ascensão, em alguns casos com salário vitalício, pro resto da vida.
Psiu!
Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Alagoas é um lugar reservadíssimo ao privilégio masculino, branco. Androcentrismo brabo!
Entendeu, meu rei?!