A Ialorixá Marcele de Xangô tinha um sorriso aberto e um abraço acolhedor. 

Tinha também uma conversa boa, de você ficar ali escutando, até como aconselhamentos para o cotidiano.

Trazia consigo um bocado de simpatia e afetos expansivos nos acolhimentos espirituais, no Village Campestre, na Cidade Universitária, parte alta de Maceió.

Essa ativista a conheceu, quando participamos juntas de  alguns encontros da temática negra.

A morte de Marcelle causa grande indignação, principalmente entre o povo de Axé, dos terreiros.

A também Ialorixá, Mônica Carvalho, amiga de longa data, comentou: “Vivemos e compartilhamos momentos em que só entende quem tem Axé. Como eu te respeito, amiga! Sororidade era a tônica de nossa amizade. Poucas pessoas eu conheci tão comprometidas com a vida do outro. Mulheres, crianças, o Village. Eu te amo e sinto por tudo.”

A presidenta do Coletivo de Mulheres Pretas, Periféricas, Vania Gatto diz: era uma grande  amiga de nossa instituição, tinha disponibilidade, conheço há mais de 20 anos e a gente perder uma mulher dessa, uma guerreira por conta do feminicídio, eu não aceito uma coisa assim. 

É inaceitável!

Marcele foi morta a pedrada e paulada, pelo companheiro, que não aceitava a separação.

Que o estado de Alagoas faça valer as politicas de cuidados e proteção às mulheres.

E que a acolhida , de  Mãe Marcelle, no Orun,  seja festiva!

Estamos no 8 de março!