Graça Santos é amiga preta carregada de acolhimento, banhada de caminhos e conversas.

Conversas que se confundem com serenos, raios, tempestades, gargalhadas e muitas e tantas suculentas palavras.

Uma dessas militantes/ativistas de valor inigualável, de mangas arregaçadas para partilhar conhecimentos, um coração enorme de bom.

É uma referência prestigiadíssima do movimento resistência- negra, de Brasília.

Participou da fundação da primeira entidade negra do Distrito Federal, o Centro de Estudos Afro-Brasileiros (Ceab).

Graça tem o prazer de ensinar o caminho das pedras, não esconde jogo ou faz troça alheia.

Ressignificou a essência de Africas quando inaugurou o primeiro salão afro da capital federal, no Dia Mundial de Combate ao Racismo, 21 de março de 1992, o salão Afro Nzinga.

O Salão Afro Nzinga é um lugar abrigo, onde   militantes se achegam, trocam ideias, se conhecem, em conversas de pretitude, 

Essa ativista teve o prazer inenarrável, de em várias ocasiões, na geografia de luta nacional, ( tempo,tempo,tempo!) ter a presença parceira da preta.

Somos duas pretas homenageadas nas páginas do livro Mulheres Negras  do Brasil, de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil,  2007.

E, nesse 28 de fevereiro podem rufar os tambores, Graça chegou aos 70 anos, com a força de mulher, mãe e militante que continua a crer em revoluções.

Para ela todo respeito dessa ativista das Alagoas, República dos Palmares.