Kelly é descendente da guerra, uma guerreira, assim diz a etimologia do seu nome.
Sim, ela é uma preta singular, que aprendeu a usar a voz como espinha dorsal dos caminhos que se fazem revolução, lá nas entranhas do município de Carneiros, Alagoas.
No Quilombo Lagoa do Algodão.
Na República dos Palmares
É uma preta arretada, dessas que, diligentemente, se aplica a desvendar as fendas ocas das palavras para encontrar sentidos, florindo possibilidades.
Excelente aprendiz, que se permite crescer traçando retas, reconfigurando, reinterpretando propósitos.
Letramento racial!
Essa ativista tem um afro-orgulho danado dessa moça quilombola, que, se faz aprendiz, potencializando novas narrativas, para o resgate das tradições ancestrais, em um ambiente desafiador.
Tenho acompanhado sua trajetória de enegrecimento, agora, a partir da raiz capilar.
Reafirmação da identidade!
Lá longe, na mesorregião do sertão alagoano da República dos Palmares, Alagoas, Kelly Damasceno, tem servido de inspiração ao reverberar o resgate da luta de pret@s, em um Coletivo de ideias, atravessando a inercia dos conceitos sociais, reinterpretando cada coisa vivida.
Coletivo Cultural Quilombo de Saias e de Luta.
Antirracismo.
Parabéns, preta quilombola, com sobrenome de guerreira, essa mestra ativista, aplaude de pé sua vida que se faz luta.
Ubuntu!