Foi na quinta-feira, dia 02 de fevereiro, que diante de uma plateia atenta, no  II Simpósio de Direitos Humanos de Maceió, realizado pela Prefeitura de Maceió, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e Diretoria dos Direitos Humanos,  que Arísia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas conversou sobre letramento e equidade racial, termos ainda, quase desconhecidos, ou, debulhados, na pauta antirracista, das Alagoas míope da sua história negra:

É importante ir além do discurso e criar campos efetivos de ação.

 O racismo educou gerações de gentes, com limitações, profundas, deficiências de percepção e o respeito as diferenças.

O letramento racial, ou seja, uma nova reinterpretação da história que se conta, uma deseducação de olhares é um jeito para quebra de parâmetros racistas.

É o letramento que vai nos mostrar que existe um desequilíbrio de direitos, entre raças e que se faz necessário a criação de políticas diferenciadas para igualá-las (trazer para cima, quem está abaixo), e a partir daí falaremos em equidade.

Equidade cria o espaço das oportunidades iguais para todas as pessoas.

Foi uma conversada motivada pelas vivências ativistas, que busca a partir do compartilhamento de ideias reeducar olhares, deseducar, desalfabetizar o racismo.

O Simpósio se fez um palco privilegiado para compartilhar ideias e conceitos, mas, urge que o poder público conceba que   raça deve ser   eixo fundamental e prioritário na construção de políticas públicas, ou isso, ou  continuaremos a construir cortinas de fumaça.

Para, Arísia Barros o território negro do Quilombo,  Alagoas precisa , urgentemente, potencializar um plano de ação para a criação de espaços, socialmente, equânimes.

Salve!