Coberta de Flor é uma casa de festa bordada de delicadezas e flores, muitas flores, localizada no bairro da Mangabeiras, Maceió e tem cheiro de acolhimentos e afetos.

A Adriana Esequiel, administra o espaço e abriu, gratuitamente, as portas da Casa para reunir mulheres do Coletivo  de Mulheres Pretas Periféricas da Cidade Sorriso I.

O Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas foi parido, em 28 de setembro de 2022, iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas, no auge da campanha política ao governo de Alagoas, como reação ao discurso de enfrentamento ao racismo estrutural, como princípio de governo, da então, candidata a vice-governadora e deputada estadual, Jó Pereira.

Foi a Alexandra Beurlen, promotora de justiça do Ministério Público Estadual, que é amiga de Adriana, quem   solicitou o canto coberto de flor, no domingo, 22/01, para realizarmos  Oficina de Escrita Terapêutica e de Cuidados com a Saúde Mental. 

Alexandra Beurlen, junto com a Lucidea Tenório, a Lu, psicóloga, responsável pelo projeto Phasis Núcleo Humanização organizaram toda estrutura da ação.

 Criou-se uma rede de envolvimento parceiro e de afetos.

O receptivo foi coisa bonita de se ver: flores e frutas, tapiocas, sucos, bolos, espalhando gentilezas acolhedoras 

A Iza participou da ação trazendo a dinâmica da organização do buffet.

O Everton, o único cabra da roda, gentilmente fotografou aspectos da atividade.

A Lu, associou-se à Carlos Eugênio do Café Brasil, que deu apoio a Oficina concedendo alimentação que alegrou estômagos.

A Vania Gatto, presidenta do Coletivo mobilizou o público.

A SEMAS possibilitou a mobilidade das mulheres,do Coletivo,  com a cedência do ônibus.

Lu e Alexandra conduziram o processo de purificação de dores antigas, em almas, “acostumadas” ao naturalizado racismo/sofrimento cotidiano e ancestral.

Teve muitos choros, lamentos sofridos, mas também a certeza de que as mulheres do Coletivo não caminham só.

Tem redes sendo tecidas, ponto por ponto, por tanta gente que se levanta do lugar cômodo, e de mãos dadas, empaticamente,  ajudam na construção de pontes necessárias e urgentes.

Mulheres ajudando mulheres, aquela máxima sendo desenhada: quando me levanto estendo a mão e trago outra mulher junto.

Foi uma Oficina de Escrita Terapêutica e de Cuidados com a Saúde Mental para contar histórias e desenhar futuros.

O Instituto Raízes de Áfricas  agradece a todas as pessoas envolvidas.

Obrigada!