Na manhã dessa segunda-feira, (30), a ativista Arísia Barros, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, esteve em agenda com o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, do Ministério Público Estadual, visando discutir caminhos de parcerias para o enfrentamento sistemático ao racismo estrutural.

De início a ativista foi recepcionada pelo subprocurador-geral judicial, Sérgio Jucá e e o procurador da chefia de gabinete, Humberto Bulhões.

Foi uma conversa robusta, despertando reflexões sobre as construções sociais e os sentidos atribuídos a população negra.

Precisamos romper com o racismo sistêmico e insidioso que segrega pessoas-afirmou a ativista.

Sérgio concordou e teceu elogios a criação do  Observatório Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial:

-É uma ferramenta  de real valor , para a instrumentalização dos  direitos civis- acrescentou.

Observatório Estadual de Políticas para Promoção da Igualdade Racial ,iniciativa do Instituto Raízes de Áfricas e do mandato da deputada estadual, Jó Pereira, traz como objetivo fundante contribuir para o acompanhamento, avaliação e a execução das políticas de promoção de igualdade racial no estado de Alagoas.

O procurador, Humberto  Bulhões reafirmou que a abordagem do tema é cada vez mais necessário, relatando as inúmeras ações realizadas pelo MPAL.

Com a chegada procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto, a coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas fez apresentação de propostas de projetos, na pauta do antirracismo, referenciando as ações em andamento, como o surgimento do I Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas da Cidade Sorriso I.

Atento, Márcio Roberto ouviu e acolheu, assertivamente as demandas e a partir do diálogo estabelecido ficou decidido que será criado um grupo de trabalho para otimizar a agenda.

Com a participação da comunicação institucional, o fotografo, Anderson e da jornalista Dulce Melo, a reunião no MPAL foi extremamente resolutiva e produtiva.

A necessidade de implantar ações afirmativas para o exercício dos direitos humanos em condições de ampla igualdade, é também, uma das atribuições do Ministério Público”- sinalizou o procurador-geral. 

Obrigada, Márcio!