O governo de Renan Filho foi extremamente insensível à causa do combate ao racismo estrutural,
A pauta antirracismo não foi considerada relevante para ser mote prioritária de discussão governamental e a secretaria responsável por articular a questão se mostrou incipiente, inócua, inoperante, na fomentação de caminhos.
Mesmo sendo o berço da luta ancestralmente resiliente e centenária contra a opressão escravagista, Alagoas política “tá nem aí” pra sua população preta. Somos, uma das populações mais miseráveis dentre as miseráveis do Brasil todinho.
Sob a gestão à esquerda entramos no ponto cego nas políticas de direitos humanos, invisibilizados pela ótica da universalidade estabelecida nos trâmites políticos da SEMUDH.
Um bom exemplo é como tratam a violência doméstica, o feminicídio que virou lugar comum em Alagoas. É, perceptível que o percentual de mulheres agredidas, mortas são pretas, mas, esse prisma não é pontuado, devidamente. Os recortes, necessários são “esquecidos” em nome de uma conveniente universalidade.
A gestão da SEMUDH não traz a expertise no trato das especificidades, protagonismo e diferenças das “populações especiais”.
Os indicadores de produção da SEMUDH, nos últimos 4 anos foram um zero à esquerda:
Alagoas não tem um plano estadual de políticas para promoção da igualdade racial,
A lei nº 10.639/03 foi posta no cantinho do castigo,
Alagoas não tem um fundo estadual de políticas para promoção da igualdade racial .
Alagoas não tem um centro de referência para o trato do combate ao racismo estrutural
Alagoas desconhece a história da ancestralidade de seus quilombos
Alagoas não tem olhar específico para o Plano da Saúde da População Negra,
Alagoas não tem nenhuma política de combate ao genocídio da juventude negra ( além de ações pontuais e esporádicas, como o encontro realizado com jovens das periferias, em hotel de luxo, pra cumprir tabela)
Por que a promoção da igualdade racial não ganhou uma secretaria própria, (somos 74% da população alagoana) assim como de Cidadania e Pessoa com Deficiência?
Vidas Pretas são desimportantes para a politica orçamentária do governo do estado de Alagoas??
A criação, na estrutura da SEMUDH de uma superintendência da igualdade racial, é o começo de alguma coisa, mas, continuar com a mesma gestão inócua é trocar 6 por meia dúzia.
Feito #tbt.
Afro oportunismo institucional?