A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não encontrou provas de que o senador Renan Calheiros (MDB) e o ex-senador Jader Barbalho (MDB) receberam propinas de empreiteiras em contratos celebrados pela Transpetro.
As acusações foram levantadas na delação premiada do ex-presidente da estatal, Sérgio Machado, e por outros delatores na Operação Lava Jato, mas a PF afirma que as informações não foram confirmadas na investigação.
O relatório final do inquérito foi entregue ao STF no mês passado pela delegada Lorena Lima Nascimento. Ela disse que os delatores apresentaram "versões em parte concordantes com os fatos", mas não juntaram provas que corroborem as acusações.
Em sua delação, Sérgio Machado disse que, entre 2004 e 2014, repassou R$ 32 milhões a Renan Calheiros e R$ 4,25 milhões a Jader Barbalho.
O relator do processo é o ministro Edson Fachin, que pediu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de decidir se arquiva o inquérito.
"Depois de extensa e profunda investigação, a Polícia Federal concluiu que não havia qualquer participação do Senador Renan em relação aos fatos investigados. Resta evidente que as delações de Sérgio Machado se revelam frágeis, dúbias e não gozam de qualquer credibilidade. A defesa, agora, aguarda a manifestação do Ministério Público, no mesmo sentido do Relatório conclusivo da Polícia Federal, para que se possa, com a homologação do Poder Judiciário, arquivar o processo investigativo", disse o advogado Luís Henrique Machado, que representa Renan.
*Com Estadão