O papel da gestora é pública é planejar, administrar, direcionar, articular, liderar promover condições para a aplicabilidade de políticas antirracistas.
Assumir o perfil de liderança que agrega, que dialoga, que junta diferentes com denominadores comuns: a busca da igualdade. Exige um perfil técnico de conhecimento sobre o que é letramento, equidade racial.
A SEMUDH é uma secretaria do PT, no governo de Alagoas, que tem como missão, enfocando, a questão do combate ao racismo estrutural, a transversalidade na articulação de políticas públicas, que contribuam para construção de caminhos sociais equânimes, a partir do ponto de vista da raça.
Nos últimos anos, desde o governo do ex-governador, Renan Filho as políticas de promoção para igualdade racial causam um incomodo na boca do estomago institucional e a SEMUDH que deveria fazer enfrentamento, assinou, assina embaixo ao descaso deliberado.
Os indicadores de produção da SEMUDH, nos últimos 4 anos foram um zero à esquerda:
Alagoas não tem um plano estadual da igualdade racial,
A lei nº 10.639/03 foi posta no cantinho do castigo,
Alagoas não tem um fundo estadual da igualdade racial
Alagoas não tem um centro de referência para o trato do combate ao racismo estrutural
Alagoas desconhece a história da ancestralidade de seus quilombos
Alagoas não tem olhar específico para o Plano da Saúde da População Negra,
Alagoas não tem nenhuma política de combate ao genocídio da juventude negra ( além de ações pontuais e esporádicas, como o encontro realizado com jovens das periferias, em hotel de luxo, pra cumprir tabela)
Alagoas desconhece a história de luta centenária contra a opressão escravagista, do Quilombo dos Palmares que só em novembro, (salve, Aqualtune!), vira palco dos discursos oficiais falaciosos.
Há um silêncio conveniente, inclusive de toda esquerda., sobre a inapetência de fazer valer políticas importantíssimas, como as antirracistas.
Como ex-simpatizante do PT local, essa ativista, que tem causa, não tem partido, acredita que é preciso abrir a Caixa de Pandora e mostrar que existe na célula partidária gente capaz de transformar a SEMUDH, em um polo de efervescência política para discutir e criar espaços de desconstrução do racismo estrutural, nas terras Pretas de Palmares.
Sabemos que cargos são políticos, entretanto, a indicação tem que zelar, minimamente, pela competência e responsabilidade com as políticas públicas urgentes e necessárias, não podem ser vitalícios, com salários de R$ 54 mil reais.
E o PT que nasceu como partido de revoluções sociais não pode, nem deve, normatizar questões absurdas, com o posicionamento cômodo de que “politica é assim mesmo”
É preciso mudar o rumo dessa prosa, porque apêndices apodrecem.
E para que a politica para a equidade racial em Alagoas saia do discurso panfletário, mudanças são urgentes e necessárias.
Boa sorte, companheiros!.
Saiba mais: https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2022/12/29/racha-deputado-critica-postura-antidemocratica-do-pt-de-alagoas-em-indicacao-de-cargos