A Cidade Sorriso fica localizado na parte alta da capital, Maceió, no bairro do Benedito Bentes II.
Em 2009 eram 1.480 unidades habitacionais, mas,13 anos depois, as casas, casebres, palafitas, germinaram, se espalharam, multiplicaram, desordenadamente.
É um espaço sitiado pela pobreza e o olhar social seletivo e discriminatório: “A polícia acha que quem mora aqui é marginal. Já chega arrebentando a porta da gente"- diz uma participante do Coletivo de Mulheres Pretas.
O Coletivo de Mulheres Pretas da Cidade Sorriso ,surgiu , em setembro, no auge da campanha politica para o governo de Alagoas, como proposta, da então, candidtaa a vice-governadora , deputada Jó Pereira, de ressignificar, valorizar o protagonismo e dar voz às invisibilizadas mulheres pretas, periféricas, instrumentalizando a autonomia.
O enfrentamento ao racismo estrutural como principio de governo foi discurso importante na voz da deputada Jó Pereira.
O Coletivo é um lugar de juntar gente e descobrir a força que tem a mulher preta e quando muitas se juntam podem fazer revoluções, mudar o mundo. Já conta com 20 participantes e tem a Vania Gatto como a liderança desse processo de construção e reconstrução.
Como o racismo estrutural impacta as vidas de mulheres pretas, das periferias marginalizadas pelo aprofundamento da desigualdade social?
A criação do Coletivo é uma ação conjunta do Instituto Raízes de Áfricas/Pretas Construindo Futuros e da deputada Jó Pereira, não foi só uma ideia de campanha, ele toma corpo.
“A criação desse Coletivo é uma afirmação de que como mulheres pretas, periféricas continuamos na luta, da resistência em uma continua auto-conscientização, de que ser preta não significa ser inferior”-diz Vania.
E dia 15 de dezembro, às 15 horas, o Coletivo toma posse, das lutas.
Graças ao apoio da deputada Jó Pereira, Instituto Raízes de Áfricas, Secretaria Municipal de Assistência Social, Coordenação da Igualdade Racial, e SEBRAE.
Salve!