Alagoas é um dos estados mais racistas do Brasil todinho.  O fato é público e notório e essa nota recebe uma abissal desimportância nos espaços do poder público.

Essa ativista (mesmo quem não gosta, reconhece) faz tempo, vem, reivindicando ao governo do estado que tome tenência e reconheça, a partir de ações efetivas, a importância das questões do letramento e equidade racial para a prática real da diversidade e o enfrentamento ao racismo estrutural.

E o não-te-ligo, “não-tô-nem-aí”  pautado pelo conservadorismo institucional fez escola.

 Até a secretaria de estado responsável por articular a questão, entre outros órgãos, fez/faz proselitismo o tempo todo, e mesmo tendo conhecimento da inércia palpável do órgão, o oco do nada e o chefe do executivo faz de conta , que está tudo nos conformes. 

Que o diga o 20 de novembro.  

Coisa pra preto, sabe como é que é, né?

Em 2014, Alagoas foi apontado  pelo MEC , como estado referência, na aplicabilidade, obrigatória, da Lei Federal nº10.639/03 ( conhece, Paulo?), e,  é o segundo estado do Brasil, a estadualizar a legislação federal, sob nº6.814/07.

Apesar dos reconhecimentos, a legislação estadual ,está cheia de bolor, nas gavetas da indiferença estatal.

Essa ativista  ficou meio encafifada, com a postagem nas redes sociais, porque  causa um estranhamento constrangedor observar a equipe, que literalmente , foge da discussão local,   ter saído do estado símbolo das lutas e resistências do  Quilombo dos Palmares, pra discutir educação antirracista,na Inglaterra. 

Pensamento vai, pensamento vem e “eureca”, essa ativista descobriu a fórmula; é assim: como governo  do estado se diz aliado as propostas  do governo Lula (que dá valor, de verdade a temática) ) agora precisa correr pra fazer a sua parte, né?

Legal, mas, não precisa começar do zero ( querem inventar a roda preta, é?) e nem  precisa ir pros estrangeiros, pra discutir educação antirracista.

Paulo, talvez, seu governo não tenha conhecimento, mas, essa terrinha, Alagoas dos Palmares, tem excelentes especialistas na questão. 

E tudinho pret@.

 Prata da casa, entende?

Ou , esse súbito interesse estatal pelo  discurso de inclusão racial é só lei para inglês ver, Paulo.

É?