Maria Clara Gomes da Silva contava 5 anos, na época, que desapareceu da porta de casa, no bairro do Vergel do Lago, periferia inchada de vulnerabilidades da capital, Maceió.
Maria sumiu, dia 19 de julho de 2021, à boca da noite. Disse a mãe que iria brincar na casa de uma amiguinha, e “pluft” evaporou.
Hoje faz exatos um ano e quatro meses.
O inquérito policial sobre o desparecimento da menina estacionou, não desperta o devido interesse.
Quem se importa com uma criança preta, pobre, periférica, autista?
São 485 dias, 11520 horas do desaparecimento.
Depois de tanto tempo Maria Clara está virando saudades, uma lembrança difusa, confusa.
Quem se importa?
Cadê, Maria Clara?