A eleição de 2022 se encerrou. Porém, os caciques políticos ainda pensam em eleições. No caso, as vindouras.
Esse é o ambiente, por exemplo, dentro do MDB do senador Renan Calheiros e do ex-governador (senador eleito), Renan Filho.
O objetivo do MDB é claro: formar uma forte oposição contra aquele que pode ser o principal rival na disputa pela consolidação de um bloco político hegemônico em Alagoas: o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL).
Para o MDB, construir um candidato forte à Prefeitura de Maceió e criar meios de desgastar a gestão de JHC é prioridade. Afinal, JHC reeleito é um potencial candidato ao governo do Estado.
Não por acaso, o governador reeleito Paulo Dantas (MDB) deve usar da estrutura do Palácio República dos Palmares para cooptar os vereadores por Maceió, formando – na Câmara Municipal – uma bancada de oposição ao prefeito.
O jogo do fisiologismo entrou em cena.
O espírito da disputa se faz presente a todo momento.
Até mesmo na celebração da Proclamação da República, no município de Marechal Deodoro, o governador Paulo Dantas – ainda que sem citar nomes – não esqueceu de JHC. Dantas, no meio do discurso, resolveu mirar na gestão municipal da Saúde pública, afirmando que a capital alagoana não consegue levar serviço de saúde na atenção primeira, que é o mais barato.
Eis a fala de Paulo Dantas:
“Maceió, ao longo dos anos, não consegue levar serviço de saúde na atenção primária, que é um serviço mais barato, que previne doenças e que é muito eficiente. Digo isso porque fui prefeito duas vezes; você evita o agravamento das doenças com o acompanhamento através dos profissionais de saúde. Quase todos os municípios de Alagoas têm 100% de cobertura da atenção básica, mas Maceió não tem”.
Obviamente, entre emedebistas não há ponto sem nó...