O Instituto Raízes de Áfricas e o  Pretas Construindo Futuros ocupam ruas, praças, no Novembro Negro, com o projeto Rotas de Conversas Negrasum movimento itinerante,  para conversar e ouvir pessoas sobre racismo estrutural,

A primeira edição do Rotas de Conversas Negras, aconteceu dia 09 de novembro, na Praça da Igreja, no município de Coruripe.

Coruripe dista 85 km da capital Maceió.

No município uma das escutas realizadas foi da Maria Auxiliadora, mãe de A., de 15 anos.

A história de Maria se confunde com muitos relatos da opressão racista. Ela relata que sofria todos os dias, ao ver a filha chorando, reclusa no canto da sala, por medo de sair na rua e ser vítima do racismo. Foram inúmeras vezes. A. passou dias sem ir à escola, para não ouvir, de outros adolescentes,  xingamentos ofensas, que a mulher não conseguiu pronunciar, por ainda doer muito!

"A dor da minha filha é a minha dor" fala a mãe ,muito emocionada, ao relembrar um episódio fatídico da vida de A., que sofria racismo na escola e na comunidade, por ser preta e  filha  de carroceiro.

A mulher sofre calada, e contou que saiu em busca de justiça, mas, se sentiu intimidada, pelo pouco caso que as pessoas davam a situação e pensou que se tivesse , na cidade um espécie de Núcleo de Apoio às Vitimas de Racismo, ajudaria nas orientações.

Se tivesse um canto desses-diz Maria,  para auxiliar as pessoas, com atendimento multidisciplinar do psicológico ao jurídico, seria muito bom.

Um Núcleo de Apoio às Vítimas de Racismo.

Anotado, Maria.

E o projeto Rotas de Conversas Negra registra histórias e anota sugestões.

A ação vai percorrer alguns municípios alagoanos e conta com o apoio da deputada Jó Pereira, empresário Isaac Pessoa, SEBRAE e Federação das Indústrias.