Ana é pernambucana e faz uns anos que mora em Alagoas
Conheci-a, numa dessas esquinas de viagens aos municípios de Alagos, com o vira voto das Pretas Construindo Futuros..
A moça de palavra desinibida se aproximou da nossa mesa de trabalho e alongamos uma conversa com uma porção substancial sobre feminismo e empoderamento e Ana deu aula: “As sociedades mais atrasadas são aquelas que as mulheres não tem autonomia e sem autonomia não há liberdade. Quando os governos não investem em mulheres, famílias inteiras se desintegram, crianças morrem de fome.
Quando elegemos um homem, para governar nossas vidas, por mais que sejam sensíveis a causa eles não conseguem interpretar o universo feminino.
Afinal, somos muitas e múltiplas!
Homens não tem útero e não sentem a natureza feminina,
Votar em mulheres é, essencialmente, garantir direitos sociais e políticos iguais para homens e mulheres. Garantir nossos espaços de fala, como, também, que nossos corpos sejam respeitados
Eu sou feminista e no domingo viajo a Pernambuco para dar o voto em Marília Arraes. Pela primeira vez na história do primeiro estado do Brasil, meu Pernambuco teremos uma mulher protagonizando o governo do estado."
Ana encerrou a conversa com um sorriso decisivo, que iluminava seus olhos.
E essa ativista ficou matutando, que um dia, Alagoas, terra dos Marechais, terá a chance de eleger uma mulher para ser a chefa do executivo, mas. enquanto esse momento revolucionário não chega, nos empoderemos com a primeira vice-governadora, em 205 anos de Alagoas.
Qual a lógica do feminismo, se continuamos a seguir os padrões patriarcais, na hora do voto? - questionou Ana, uma pernambucana.
Você mulher feminista,em Alagoas, sabe?