A seis dias das eleições, é de bom tom que as autoridades envolvidas com o processo eleitoral atuem para evitar qualquer possibilidade de ato ou episódio de violência.
O que ouvi de fontes ligadas ao comitê de Paulo Dantas (MDB), candidato ao governo de Alagoas, é que a coletiva desta segunda-feira (24) concedida pelo grupo de Rodrigo Cunha (UB) disparou o alerta.
A declaração de Arthur Lira (PP) de que "algo grave pode acontecer para justificar o pedido de tropas federais, pode ser o sinal para algum 'episódio de violência' para jogar na conta do governador''.
Segundo esssa fonte, ''está vivo na memória da equipe da campanha que Arthur anunciou com 10 dias de antecedência uma operação sigilosa da Polícia Federal e deu nome a ela''.
Outra coincidência, é que o protesto registrado neste final de semana - no comitê de Rodrigo Cunha - tenha ocorido justamente um dia antes de Arthur Lira voltar à carga com o pedido ao TRE/AL de reforço das tropas federais para todo o Estado.
Essa fonte diz ainda que a foto de Rodrigo, Arthur, dos delegados, o deputado federal eleito Fábio Costa e o deputado estadual eleito Leonan, além do ex-secretário de Segurança Pública e deputado federal eleito Alfredo Gaspar de Mendonça, reforçam a desconfiança.
No caso específico de Alfredo Gaspar, a fonte ligada ao comitê de Paulo Dantas diz que ''Alfredo tem forte influência sobre os militares e também teve informações privilegiadas de operações da Polícia Federal durante todo o primeiro turno das eleições''.
Some-se ainda a isso que parte considerável da tropa seria eleitora do presidente Jair Bolsonaro e vira o rosto para a aliança de Paulo Dantas com o ex-presidente Lula nas Eleições deste ano.
Pelo sim, pelo não, com razão ou sem, verdade ou não, é importante que a Justiça Eleitoral e os órgãos de segurança fiquem bem atentos.