Maria Clara Gomes da sILVA, sumiu em um dia 19 de julho, à tardinha. Na época, a menina, supostamente, autista, pobre e preta tinha 5 anos, saiu para brincar na casa de uma amiguinha e perdeu-se no mundo.
Alagoas é o estado do Nordeste, campeão em desaparecimentos e o maior percentual de desaparecidos é de pret@s
Hoje faz um ano e três meses que Maria sumiu e aos poucos, ou muito rapidamente, vai se tornando uma figura borrada na lembrança das pessoas.
O desaparecimento de Maria é um fato naturalizado, moradora de uma periferia arrasada pelo descaso institucional, a menina morava em um beco, onde fezes correm a céu aberto e as políticas públicas eficazes e eficientes, não trazem dignidade à vida.
Periférica, preta e pobre Maria é uma criança, socialmente, descartável.
O processo pela busca da menina, na Delegacia da Criança e Adolescente estacionou.
Inoperância?
Quem se importa?
Desde o inicio, o caso de Maria tem recebido atenção e acolhimento da deputada, Jó Pereira, que protocolou um projeto de Lei da Política Estadual de Prevenção, Acolhimento, Acompanhamento e Busca de Pessoas, em Alagoas, que tem como objetivo ser ferramenta na prevenção, procura e localização de todas as pessoas que, por alguma circunstância anormal são consideradas desaparecidas.
A Lei estabelece diretrizes e metodologias, como também o desenvolvimento de programa e ações.
‘O desaparecimento, de crianças e adolescentes levantam questão de toda ordem educação, saúde, habitação. É preciso agregar a essa discussão aplicabilidade das políticas públicas e investimentos reais do Estado"- afirma , Jó Pereira:"
A família, com o apoio do Instituto Raízes de Áfricas e da deputada estadual, Jó Pereira divulgou cartazes com oferecimento de recompensa, para quem dê uma pista do paradeiro da menina.
“Maria Clara está sendo esquecida e não podemos deixar isso acontecer”, ,- afirma Yasmim, a madrinha da menina ,uma moça cheia de humanidades.
Veja a íntegra da lei. file:///C:/Users/ARI_PC/Downloads/doc02106720220310143048.pdf