Dizem os especialistas do meio que ''na politica não existe o bom ou o ruim. O que existe nessa atividade são as circunstâncias''.
Dito isso, as circunstâncias de agora mostram que ministros do STJ apenas confirmaram a liminar da ministra Laurita Vaz na ação de afastamento do governador Paulo Dantas (MDB).
Claro, tal decisão é forte, mas ainda não dá pra saber como o eleitor irá reagir. Talvez a sociedade não se importe com o caso e opte por não alterar a tendência de vitória do emedebista.
É só observarmos os deputados estaduais e federais que elegemos, na maioria dos casos. Portanto, só daqui a cinco ou dez dias é que as pesquisas podem trazer algum sinal.
Por enquanto - e o tempo é curtíssmo para alteração do quadro -, pesquisa da Fundepes divulgada aqui no CadaMinuto, nesta sexta-feira (14), mostra que Dantas tem 60,36% das intenções; Cunha, 39,64%, considerando apenas os votos válidos (clique aqui e leia na íntegra).
Outro fator é que Paulo Dantas é apoiado por Lula, também líder na pesquisa Fundepes contra Jair Bolsonaro, candidato dos principais aliados de Rodrigo Cunha (também considerando apenas os votos válidos, em Alagoas Lula tem 58,96% e Bolsonaro 41,04%).
Por fim, há um empate neste segundo turno entre o governador e o senador: o nível de rejeição de Renan Calheiros, que apoia Dantas, para o não menos desgastado Arthur Lira, idealizador da candidatura de Cunha.
E o eleitor sabe que o prejuízo de um é o benefício do outro.
Aguardemos os próximos dias, as próximas pesquisas e o recurso de Paulo Dantas ao STF. Deve vir por aí um pedido de Habeas Corpus.